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Neste 1º de maio, os guardas municipais curitibanos não têm o que comemorar. A dor da perda de um colega de trabalho, sempre afeta todos os integrantes da corporação, porém, quando as condições remetem a saúde mental, o fato ganha outro contorno.

É PRECISO FALAR SOBRE O TEMA.

Há tempo, a categoria vem cobrando da Prefeitura a implantação de um Programa de Saúde Mental específico para os Guardas Municipais, onde haja acolhimento e encaminhamento de profissionais que possam estar sofrendo com algum problema desta ordem.

No Brasil o número de policiais que tiram a própria vida é maior que o dos que morrem em serviço, segundo apontam estudos do Fórum Brasileiro de Segurança pública.

O convívio permanente com a violência e a morte, jornada de trabalho extenuante, a falta de valorização e estímulo ao desenvolvimento, más condições de trabalho, a falta de lazer e convívio com a família, falta de acolhimento e empatia por parte das chefias em casos suspeitos de problemas de ordem mental, são fatores de risco para os policiais. Tudo isso está diretamente relacionado com o trabalho na Segurança Pública e, portanto, podem levar estes profissionais ao quadro de adoecimento físico e mental.

Tratar o problema de forma individualizada, é a primeira medida pelas corporações, atribuindo ao próprio individuo ou a fatores externos, a responsabilidade pelo seu adoecimento.

Alguns trabalhos acadêmicos vem tratando deste problema, a tese de Doutorado apresentada pelo Procurador do Município Wilson Cicognani Jr, junto a Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS, estudou a análise e validação da síndrome de Burnout em Guardas Municipais, e sua correlação com necessidade de critérios diferenciados de aposentadoria.

“O estudo concluiu a necessidade de maior atenção a saúde mental e da condições de trabalho deste segmento de segurança pública, eis que como grupo policial novo no ordenamento jurídico, ainda há tempo para que se possa moldar este segmento para ações de prevenção em segurança pública, desde que dada a devida atenção à saúde mental dos Guardas Municipais e melhorias em sua carreira, especialmente a aposentadoria especial pelos fatores de desgaste emocional muito altos que foram aferidos na pesquisa”.

Os casos concretos, e as situações vivenciadas pelos Guardas Municipais, cotidianamente, deixam de ser tratadas apenas por meio do empirismo, e passam a ser traduzidos pelo viés da ciência.

PROGRAMAS VOLTADOS A SAÚDE DO TRABALHADOR NÃO PODEM ESPERAR.

E POR ISSO CONTINUAMOS NA LUTA POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO. QUE A TRISTEZA QUE VIVENCIAMOS HOJE, NÃO VOLTE A SE REPETIR SEM QUE TENHAM SIDO TOMADAS TODAS AS MEDIDAS PARA DIMINUIÇÃO DE SUA OCORRÊNCIA.

DIRETORIA SIGMUC