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Seguindo a linha de entrevistas com os vereadores de Curitiba, o SIGMUC entrevista o vereador Cacá Pereira (PSDC).

De início o vereador é questionado quanto a sua visão referente aos primeiros 9 meses de gestão da Administração Rafael Greca. Cacá Pereira responde que o que mais marcou este início de gestão é a falta de diálogo. Neste sentido, o SIGMUC ressaltou que buscou diversas vezes abrir o diálogo com a Administração, mas percebe que o Legislativo está subserviente ao Executivo. O vereador menciona a questão do regime de urgência adotado que sem ouvir os servidores, suprimiu direitos conquistados. “A Câmara ela tem que ser realmente independente e não pode ser submissa. O executivo envia projetos, e estes projetos tem que vir acompanhados dos subsídios e de todas as informações, para que haja discussões sérias com tempo para que se procure alternativas para se evitar o que está sendo proposto” afirma Cacá Pereira.

Novamente, sobre o PACOTAÇO, o SIGMUC reconstruiu o histórico do processo que culminou com o confronto da Polícia Militar com os servidores, foi perguntado qual é o cenário que os vereadores estão enfrentando atualmente como reflexo desta votação. O vereador pontua que foram surpreendidos com o regime de urgência, sendo prometido pelo Presidente da Câmara que não haveria, e isso pode ter tencionado para que agravasse a situação. Mas também, como os demais vereadores que se opuseram aos projetos, já sofrem consequências e retaliações.

Lembra o SIGMUC que o plano de carreira da Guarda Municipal que foi aprovado na Câmara Municipal, agora mostra que os mesmos vereadores votam para retirar direitos previstos no plano. Pergunta-se: Os vereadores não se sentem constrangidos? Cacá Pereira jamais se colocaria contrário ao que já tinha votado favorável. “A sensação deles não é das melhores” quanto ao clima na Câmara, e “Digo algo na teoria e na prática faço tudo ao contrário”, se referindo aos vereadores que aprovaram o plano após todo trabalho do sindicato, e agora vota contra.

O SIGMUC questiona quanto aos projetos apresentados na Câmara Municipal, e que na sua maioria são desconexos com o interesse público e servem apenas para ganhar espaço na mídia. Mas dentro dos projetos apresentados, um deles, em especial a isenção no transporte coletivo para Guardas Municipais, que foi arquivado, foi aprovado para tramitação um projeto idêntico aos Policiais Militares. Neste sentido, o SIGMUC se posiciona no sentido de que os projetos são direcionados. O vereador afira que tem acontecido contradições. Reclama que já teve projeto de sua autoria que foi arquivado e quem quando apresentado por outro vereador foi aprovado. “Quando vejo colegas meus dizendo que não podemos legislar para 45 mil trabalhadores, eu entendo que é uma contradição”. Aponta que a justificativa de economizar para que a Administração pudesse ter condições para prestar serviços e após a aprovação a situação continua igual. “Não vimos nada”, e completa, “Além de não fazer o que prometeu, retirou o que já existia” afirma.

Quanto ao “desinvestimento” que está prejudicando a saúde financeira do IPMC o SIGMUC cobra do vereador a fiscalização referente ao tema. O vereador que foi relator do projeto, se colocou-se contra a criação de uma nova entidade, sendo que é possível resgatar o IPMC. O SIGMUC aponta que a Administração Pública cria um órgão, nomeia os dirigentes deste órgão, e cria a legislação que rege este órgão e o órgão “quebra”, o que significa incompetência. Lembra também que os fundos de previdência de grandes empresas como Petrobrás, Correios, Caixa Econômica e Banco do Brasil tiveram problemas graves e o IPMC está no mesmo caminho por conta de má administração e a culpa recai sobre os servidores. “A Administração cria dificuldades para vender facilidades” reforça. Questiona-se: Como uma nova entidade irá resolver o problema? Cacá Pereira responde que duas entidades para atender a mesma finalidade só gerarão custos, o que é desnecessário. Lembra que o Governo dá muita anistia e isso compromete destinar recursos, e para recuperar os valores atacam os fundos dos servidores.

Quanto a terceirização, o vereador diz que há exemplos que não deram certo, como em outros municípios. “Exemplos de que exames foram pagos e não foram realizados”, comenta. “Na prática a gente vê o dinheiro indo pelo ralo… e quando a gente descobre, isso já matou muita gente”. Se referindo aos recursos que serão repassados às Organizações Sociais – OS.

O vereador apresentou um projeto que proíbe a inauguração de equipamentos públicos sem que haja o efetivo funcionamento dos serviços, que foi elogiado pela Diretoria do SIGMUC.

Afirma o vereador que tem independência no seu mandato, reclama da falta de informações cobradas da Administração. Informa que a Administração tem outros meios e condições de realizar um aumento de receita e não o faz, preferindo ir direto nos servidores. Reafirma sua tranquilidade em votar a favor dos servidores, e que trabalha para a cidade. Reafirmando sua independência com o Executivo. Finaliza que está à disposição dos servidores naquilo que precisarem.

Assim, O SIGMUC agradece ao vereador Cacá Pereira pela presença e pela luta que vem realizando pelos servidores na Câmara Municipal.

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