A notícia de que mais um guarda municipal havia tombado em confronto com marginais nesta madrugada (25), comoveu a categoria, contudo, o que causou maior indignação perante todos, foi justamente o fato do “comando” da Guarda Municipal não autorizar as equipes a prestarem o apoio necessário ao companheiro ferido.
Segundo foi informado ao sindicato, mesmo com a notícia de que os autores do crime que tiraram a vida do guarda poderiam ter se escondido nas proximidades, as viaturas que estavam em outras localidades receberam ordens de permanecerem em suas respectivas áreas. Posteriormente, foi informado que apenas duas viaturas estiveram no local.
Entretanto, como a informação chegou em outras Guardas Municipais, diversas equipes de outros municípios compareceram no local, numa evidente demonstração de força e respeito ao companheiro. “Quando a situação é risco eminente a um companheiro, não podemos medir esforços para prestar o apoio necessário”, enfatizam os diretores do SIGMUC, “mas isso não entra na cabeça dos comandantes da GM de Curitiba, que parece estarem vivendo no mundo de Alice”. Reclamam. Recentemente um guarda municipal de Curitiba solicitou apoio da corporação quando bandidos armados entraram em sua residência ameaçando a integridade de sua família, e os guardas que foram até o local prestar apoio foram punidos.
O SIGMUC lamenta a morte do guarda municipal e se solidariza com toda a categoria e os familiares do GM neste momento difícil.
Rodrigo Rocha era guarda municipal há 13 anos, ingressou na corporação em 2006 na XVa. Turma de Formação para Guardas Municipais, tinha 36 anos, estava noivo e deixa um filho de 5 anos.