Durante os dias 16,17 e 18 o presidente do Sigmuc. GM Luiz Vecchi, participou do 3º Congresso Nacional da UGT em São Paulo, onde foram debatidos e deliberados assuntos de grande relevância para as entidades sindicais filiadas. Na pauta estavam discussões sobre as reformas estruturais que o Brasil precisa, sem sacrificar a classe trabalhadora. A direção do SIGMUC, também buscou a articulação necessária para garantir mais avanços pra nossa categoria. O encontro finalizou na quinta-feira com a eleição e posse da Executiva Nacional.

UGT abre 3º Congresso com críticas à taxa de juro e o desemprego e palestras focam o Desemprego e a Independência Sindical
Com a presença de três mil sindicalistas de todos os estados do Brasil, do Distrito Federal e observadores convidados de quatro continentes, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) abriu o seu 3ª Congresso Nacional na noite desta terça-feira, no Palácio das Convenções, do Anhembi, em São Paulo.

Coube a Fafá de Belém cantar o Hino Nacional na abertura do evento, que lotou o auditório Celso Furtado no Palácio das Convenções do Anhembi. Com vivas à UGT, Fafá encerrou sua participação afirmando que não pertence a partido político algum, mas sim ao partido da democracia e sempre vai estar presente quando o Brasil precisar. Ela foi aplaudida de pé.

Emocionado, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, afirmou que era uma honra ter todos os presidentes das estaduais da central presentes ao evento e enfatizou a importância da presença feminina nas lutas trabalhistas, homenageando não só Fafá, mas a todas as mulheres presentes.

Nada menos do que dois governadores, dois ministros, um secretário estadual, representante do Ministério público do Trabalho e deputados federais e estaduais de diversos partidos e correntes políticas estiveram presentes na mesa de abertura do evento, o que confirmou o caráter plural da UGT.
DESTAQUES
O ponto alto da noite de abertura, que levou a plateia aos de aplausos, coube à sindicalista Mary Kay, presidente do SEIU-Service Employees International Union, que é o sindicato que representa os trabalhadores dos setores de limpeza, edifícios e condomínios e vigilância nos Estados Unidos, Canada e Porto Rico.
Segundo ela, o sonho americano é uma miragem para cerca de 44 milhões de pessoas que trabalham em dois ou três empregos por valores irrisórios nos EUA. “Aqui temos a UGT que, com a sua luta e intercâmbio, posso afirmar, fortalece uma luta global por melhores salários e garantias sindicais aos trabalhadores da indústria do fastfood”.

O evento prossegue até quinta-feira no Anhembi de deve definir eleição e posse dos membros da executiva nacional e do conselho fiscal da UGT para os próximos quatro anos, entre outros temas relevantes.
Palestras focam o Desemprego e a Independência Sindical
A defesa dos empregos e a independência do movimento sindical foram os temas que dominaram as palestras do painel “Trabalho e Desigualdade, o Futuro do Emprego”, realizado na manhã desta quinta feira (18), último dia do 3º Congresso Nacional da UGT.
Para Eliane Cantanhêde, do Estado de S.Paulo o ex-presidente Lula conseguiu avanços com uma política agressiva de inclusão social, mas fracassou ao não aproveitar os altos índices de popularidade para realizar as reformas que o Brasil precisa, como a política e a fiscal.
A jornalista fez uma análise sobre a conjuntura brasileira passada recente e a atual, de crise, e afirmou que o quadro de taxas de juros altas, de quase 14% ao ano, risco da inflação anual chegar a 9% e a retração da economia tornam preocupante a questão do emprego.
“Era o último bastião (emprego pleno) dos argumentos da Dilma e motivo de orgulho dela para conquistar a reeleição e que começa a cair”.
Marina Silva conquista participantes do 3º Congresso Nacional da UGT
Em mais uma atividade com auditório lotado no Palácio das Convenções do Anhembi, o 3º Congresso Nacional da UGT recebeu na tarde desta quarta-feira (17), a ex-senadora Marina Silva como palestrante convidada.

Marina participou do painel “Desenvolvimento Sustentável com Justiça Social” e indicou que, entre todas as crises pelas quais atravessam o País e o mundo, a pior delas é “a crise de valores”.
“As pessoas perderam a lógica de cuidados consigo mesmas, com os outros e com o Meio Ambiente”, disse Marina. “Estamos vivendo uma grande crise econômica, social, política, ambiental e também de valores”, afirmou.
Ainda sobre crise de valores, Marina atacou o “sistema ético” que se convencionou chamar de ética de circunstância. “Não fazem (pessoas ) o certo, o legítimo, fazem aquilo que é o melhor para se darem bem”, constatou.
“Fazem (as pessoas) discurso ético, mas relativizam tudo em benefício próprio. Este tipo de atitude que prejudica o Brasil, o mundo”.
Sobre corrupção, Marina afirmou que não se trata de um mal de um governo ou outro. “Não é um problema da Dilma, do Lula, do Fernando Henrique Cardoso, é um problema nosso”, disse. Ela deu como exemplo o caso dos trabalhadores que foram à luta pelos seus direitos, porque os encararam como um problema deles. “É necessário agir da mesma maneira com relação à corrupção”.
Sobre a representação política, Marina afirmou para as cerca de 3 mil pessoas da plateia que existe uma crise de representatividade não só brasileira, mas mundial. “Quando a Revolução Francesa consagrou esse modelo atual de representatividade (três poderes) havia 1 bilhão de pessoas no mundo. Hoje, somos 7 bilhões”.
UGT nacional reconduz Ricardo Patah a presidência da central
O 3º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que teve início na última terça-feira (16) e reuniu 3 mil sindicalistas de todos os estados da federação terminou, na tarde desta quinta-feira (18) com o fortalecimento do seu processo democrático e a realização das eleições que elegeram a diretoria que estará a frente da central pelos próximos quatro anos.

Por unanimidade, a plenária reelegeu Ricardo Patah que emocionado agradeceu novamente a confiança nele depositada e enfatizou que após oito anos de lutas, que fizeram da UGT uma entidade protagonista na defesa dos interesses da classe trabalhadora, a central se fortalece no alicerce da unidade para enfrentar qualquer desafio e para combater todas as formas de atentado contra os direitos trabalhistas. “A UGT é uma central de rua, não podemos permitir que tenha corrupção no país, precisamos ampliar as ações em defesa da Petrobrás, além de lutarmos por mais saúde, educação e capacidade de cidadania”, explica o líder ugetista.
“Todos nós que estamos aqui construindo esta central acreditamos no Brasil, pois este é um país que tem homens e mulheres capazes de promover transformações e a UGT, que é a entidade que mais agrega sindicatos de comércios e serviços no nosso país, justamente o que propicia o aumento de atividades junto a sociedade, junto as comunidades”.