O Prefeito simplesmente “lavou às mãos” no que diz respeito à segurança da cidade! A Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal de Curitiba – SIGMUC alertou, mas nenhuma ação foi realizada até o momento para melhorar a segurança dos equipamentos municipais e dar condições de trabalho para os guardas.
Desde a morte de um guarda municipal que trabalhava sozinho em um parque de Curitiba, a categoria cobrava da Administração Municipal uma solução para o fato dos guardas serem obrigados por suas chefias a permanecerem sozinhos em equipamentos públicos.
Após o episódio do assalto a caixas eletrônicos na Rua da Cidadania da CIC onde foram levadas armas e coletes da corporação, ficou evidenciada a fragilidade dos equipamentos públicos e a incompetência da Administração de resolver a questão.
Foi cobrado da Direção da Guarda Municipal, um estudo para que apontasse as causas, as medidas corretivas e a aplicação de soluções dos freqüentes assaltos que os equipamentos sofriam. Mas até o presente “NADA” foi feito. Logo, os Armazéns da Família também foram alvos de criminosos, e mais armas foram levadas.
A situação só agravou e a Administração ignora as reivindicações da categoria por melhores condições de trabalho.
A recente “economia” que a Administração vem aplicando com o CORTE de horas-extras está reduzindo drasticamente a presença da Guarda Municipal nos equipamentos públicos.
Devido a este fato, o Sindicato vem recebendo inúmeras denúncias relativas a falta de efetivo, onde os servidores tem sido obrigados a permanecerem sozinhos durante toda a jornada de trabalho, seja diurna ou noturna.
Os Diretores do Sindicato compareceram em vários locais indicados pelos guardas e o cenário não podia ser pior, vejamos passo a passo:
NRDS – PN
Foram visitados dois locais, o primeiro apenas um guarda armado fazia a segurança do equipamento com mais de 26.000 metros quadrados, já no segundo local, foi constatado que havia apenas um guarda de serviço.

NRDS – CIC
Os Diretores verificaram que o equipamento visitado continua com os mesmos problemas de segurança. As condições de trabalho são péssimas, cadeiras danificadas e um armário improvisado demonstram o total abandono em que se encontra o local. Outro local visitado nesta Regional é um verdadeiro convite a criminalidade. De pronto os Diretores perceberam que o equipamento não possui muros, grades ou cercas, permitindo o acesso ao local diretamente da rua. O portão de entrada é guarnecido com um cadeado quebrado que ao manusear se desmonta. O local é deficiente de iluminação, e o local de trabalho dos guardas é um refeitório improvisado. Relatam os guardas que é escalado guardas sem porte de arma no local.

NRDS – BQ
A visita ocorreu em um dos equipamentos em que possui uma área de aproximadamente 18.000 metros quadrados, mas que devido ao “enxugamento” da folha de pagamento estava desativado.

NRDS – CJ
Aqui a situação é verdadeiramente crítica, todos os postos visitados contavam apenas com um guarda. O primeiro local vistoriado é lastimável, uma verdadeira falta de respeito com o servidor e com a corporação. O local encontra-se completamente em obras, com várias violações das normas regulamentadoras de saúde, higiene e segurança do trabalho. Além do fato do posto ser completamente afastado, mal iluminado, sem segurança e totalmente insalubre, o guarda permanece sozinho! Outro local vistoriado já foi alvo de bandidos. Os guardas demonstravam total descontentamento com o fato de tirarem seus plantões sozinhos nestes locais.

NRDS – MZ
Em uma das regiões mais movimentadas, apenas um guarda estava escalado para trabalhar em um módulo da Guarda Municipal. Os Diretores perguntaram que tipo de segurança poderia oferecer à população e a si mesmo caso precisasse agir e a resposta foi enfática: – “NENHUMA”. Outro local visitado, também um módulo, em uma das regiões de maior índice de ocorrências da Capital, estava DESATIVADO!

NRDS – PR
Em visita a um dos módulos desta Regional, somente um guarda municipal encontrava-se armado. O local possuía várias situações de falta de manutenção. O banheiro foi transformado em depósito onde equipamentos de emergência sucateavam. Relata o guarda que quando chove o módulo sofre com infiltrações. Alerta também para o fato de constantemente ser realizado remanejamento e permanecer apenas um guarda no local. Outro local foi alvo de uma reclamação direta à Secretaria Municipal da Defesa Social – SMDS, mas até o momento os problemas apontados pelo Sindicato não foram resolvidos.


Atender locais de risco sem as condições para fazê-lo, demonstra total despreparo da Administração Municipal em lidar com a Segurança da Cidade! Assim, para economizar “alguns trocados” o Prefeito e a Direção da Guarda Municipal de Curitiba, estão colocando os guardas municipais em uma situação de vulnerabilidade. Estão trocando a vida do servidor por uma falsa sensação de segurança!
As condições de trabalho dos servidores da Guarda Municipal já foi denunciada ao Ministério Público do Trabalho, e com as imagens realizadas pelos Diretores que se somará a este processo, solicitaremos novas fiscalizações nos demais postos identificados nas denúncias.
Para prestar uma Segurança “Cidadã”, o primeiro passo é dar condições de trabalho, segurança e respeito ao servidor público, coisa que o Prefeito está em débito com a categoria desde o começo da gestão.
Até o momento, NENHUM novo Guarda Municipal foi contratado, e o efetivo vem reduzindo acentuadamente. A promessa do Prefeito era de contratar 1.500 Guardas. Promessa longe de ser cumprida! – “A falta de efetivo afeta diretamente a segurança do cidadão” afirma o Diretor Vice Presidente Roberto José, e complementa; – “O cidadão é quem paga o preço pela falta de compromisso da Administração. É necessário que o cidadão assuma sua responsabilidade e exija que o cumprimento das promessas de campanha, pois é ele o patrão”.
O Sindicato irá continuar as visitas nas Regionais e continuará firma no objetivo de defender os interesses da categoria.
Diretoria SIGMUC