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Mesmo sobre protestos, os vereadores aprovaram em primeiro turno, o projeto de iniciativa do executivo que visa implementar a avaliação funcional para o funcionalismo de Curitiba.

Os representantes dos sindicatos questionaram os vereadores sobre a falta de diálogo e de transparência na elaboração do projeto, e consideram o ato como um “cheque em branco” para que a administração assédio os servidores. “Não somos contra que os servidores sejam avaliados, mas sem clareza e objetividade, passando a regulamentar os critérios por decretos e portarias, os servidores estarão sujeitos à arbitrariedade”, comenta a Presidente do SIGMUC, Rejane Soldani.

Os guardas municipais presentes na casa de leis tiveram a oportunidade de ver “in loco” como a administração costuma tratorar as votações no que se refere a direitos dos servidores. “Os vereadores passam a maior parte da sessão fora do plenário, vem faz uma fala desconectada e vota de forma combinada, isso é diálogo?” Questionam.

Durante as exposições, Rejane apontou suas preocupações quanto a avaliação dos servidores da Gaurda Municipal. “Como se mede os resultados esperados na área de segurança pública? Nenhuma outra instituição da segurança pública é avaliada da forma que a prefeitura impõe aos guardas. Vai ser por número de prisões ou de multas? Pior, podendo ser avaliado por servidor estranho à carreira. Por isso não podemos aceitar o projeto”.

Durante as falas, houve um momento de tensão entre os servidores e o vereador Pier, líder do governo Rafael Greca. O vereador que defendia o projeto sem discussão passou a provocar os servidores com a fala: “Aqui é lugar de quem ganhou a eleição” e comentou que os “servidores bons não se colocariam contra o projeto”, deixando a entender que quem discordasse não seria um bom servidor.

O líder do governo também afirmou que o avaliação funcional será a base dos crescimentos e avançado dos planos de carreiras dos servidores.

Vereador Professor Euler reforçou a necessidade de diálogo. “Eles já disseram que não são contra a avaliação, apenas querem clareza nos critérios.” Pontuou.

Por 26 votos favoráveis a 7 contrários, o projeto foi aprovado em primeiro turno e seguirá para nova votação amanhã (29). “Continua tudo igual, a Câmara Municipal aprova tudo o que vem do Executivo, quando deveriam na verdade, ser uma casa independente e revisora dos atos da administração.” Finalizam

O SIGMUC alerta para a mobilização necessária para dar acompanhamento dos decretos que serão apresentados para reger a avaliação funcional.

SIGMUC – JUNTOS SOMOS FORTES!