O SIGMUC informa que ingressou com ação judicial contra a nova atualização do software das câmeras corporais da Guarda Municipal de Curitiba, pois o dispositivo não permite mais que os GMs interrompam a gravação nem mesmo para ir ao banheiro, por exemplo, ou nos períodos de refeição incorporados na intrajornada. O sindicato entende que isso fere de morte o direito à privacidade dos trabalhadores.
Ou seja, os guardas municipais estão diariamente fazendo o patrulhamento nas ruas da cidade e não possuem condições de retirar o equipamento na utilização de sanitários ao longo do seu plantão. Por esse motivo, o SIGMUC acionou o Ministério Público do Trabalho e, agora, também recorreu ao Poder Judiciário para garantir que a privacidade dos trabalhadores da Guarda Municipal seja preservada.
Nessa quinta-feira, 9, a direção do sindicato esteve com a Superintendência da Guarda Municipal, cobrando uma customização do software das câmeras que permita pausa na gravação para que os GMs possam ter o direito a privacidade nos momentos adequados.
Outra pauta levada sobre a questão das câmeras é a falta de utilização das mesmas por algumas chefias, o que foi informado pelo Superintendente que passará a ser implementado para todas as chefias em trabalho operacional.
“Quem está na chefia tem que dar o exemplo. A utilização dos equipamentos deveria ter começado pelas chefias, e isso não se restringe apenas às câmeras, mas também a utilização de equipamentos de proteção individual, como o colete balístico”, protestou a presidente do SIGMUC, Rejane Soldani, que informou estar recebendo várias reclamações dos GMs sobre o tema.