Os servidores municipais compareceram em peso no Parque São Lourenço nesta manhã (26/06), e seguiram em caminhada até a Ópera de Arame.
Lá, cerca de seis mil servidores manifestaram contra a votação do Pacote de maldades do Prefeito Rafael Greca.
Um enorme contingente policial estava presente para assegurar que a votação do pacotaço acontecesse.
A Ópera de Arame comporta milhares de pessoas, mas somente cinquenta servidores efetivamente foram autorizados a entrar, só podendo permanecer em camarotes que ficavam bem distante do palco, onde os vereadores estavam localizados.
Guardas municipais, professoras, profissionais da saúde, educadoras, auditores fiscais, estavam todos juntos do lado de fora e não puderam acompanhar as discussões e votações, ficando a mercê da violência e truculência policial.
Com a missão de barrar a entrada dos manifestantes e impedi-los de assistirem à votação, a polícia utilizou balas de borracha, gás lacrimogênio, spray de pimenta, cavalaria e bombas de efeito moral. Até mesmo um helicóptero foi utilizado para despejar gás lacrimogêneo/volitivo nos manifestantes, denunciaram os servidores que lá estavam.
Em um levantamento preliminar foram identificados 9 (nove) guardas municipais feridos.
Enquanto a mobilização dos servidores públicos é reprimida do lado de fora, dentro da Ópera de Arame, os vereadores da base do prefeito passavam o tratoraço, e em poucos minutos de discussão, aprovaram o projeto que autoriza o saque inconstitucional de 700 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Curitiba (IPMC).
Os projetos de Lei de Responsabilidade Fiscal, leilão das dívidas da Prefeitura e suspensão dos Planos de Carreira dos servidores também foram aprovados em primeiro turno.
Em um ato de protesto, os Vereadores da oposição se retiraram da sessão plenária.
Já os servidores realizaram um ato simbólico contra o pacotaço jogando notas falsas de dinheiro no plenário e do lado de fora, queimaram jalecos para mostrar a indignação com o descaso da administração pública.