Base de Fruet na Câmara quer aumentar salário do prefeito para R$ 28,2 mil
A base do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na Câmara dos Vereadores aproveitou a mensagem do reajuste de 5,38% aos salários dos servidores e apresentou uma emenda incluindo o aumento aos salários dos próprios vereadores, do prefeito, vice-prefeita e secretários municipais. Se aprovada a emenda, o salário de Fruet passa de R$ 26,7 mil para R$ 28,2 mil; o de Mirian Gonçalves e dos secretários, de R$ 14,3 mil para R$ 15,1 mil; e o dos vereadores de R$ 13,5 mil para R$ 14,2 mil.
Enviado ao legislativo pelo prefeito há dias atrás, o projeto prevê reajuste apenas aos servidores municipais. Sem a emenda, o impacto do aumento aos cofres públicos está estimado em R$ 207 milhões ao ano. É a primeira vez que o “gatilho automático” será usado. Até agora, o subsídio dos vereadores é reajustado apenas a cada quatro anos. Da última vez que isto aconteceu, no final da legislatura passada, ficou definido que os valores da época seriam reajustados em 22%.
Após polêmica, Fruet recua e manda retirar emenda que aumenta o próprio salário
Com a polêmica gerada pela tentativa de aumentar o próprio salário para R$ 28 mil, o prefeito Gustavo Fruet (PDT), mandou retirar a emenda do projeto que tramita na Câmara de Vereadores de Curitiba. O Ministério Público também determinou o cancelamento do processo no legislativo. O presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), adiantou que o aumento para os vereadores continua. “O reajuste veio abaixo até um pouco. O Ministério Público solicitou que os aumentos dos servidores públicos e dos agente políticos não ocorressem ao mesmo tempo”, reclamou Salamuni.
O aumento de Fruet seria ainda, segundo a reportagem, uma manobra para atender servidores aliados que ganham teto na Câmara de Vereadores. Estes servidores já ganham salário equivalente ao do prefeito e um aumento só seria possível se o salário de Fruet fosse reajustado. O teto hoje é de R$ 26 mil.