Medo constante de errar, conviver umbilicalmente com o risco de morte no ambiente de trabalho, possibilidade de ser morto no momento de folga, stress, sensação de desvalorização da profissão tornando cada vez mais penosa a realização de suas atividades profissionais, irritação, tristeza e cansaço contumaz: estas são algumas das queixas de grande parte dos profissionais de segurança pública que atuam diuturnamente em nossas cidades.
Dados coletados pela Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais – FENAGUARDAS, apontam que nos últimos quatro anos, foram registradas informações de mais de 14 óbitos de guardas municipais relacionadas a suicídio consumado no país.
Em Curitiba, infelizmente, nos últimos 3 anos, dois companheiros causaram a própria morte. E de lá para cá, NENHUMA campanha ou trabalho específico relacionada a saúde mental dos profissionais da Guarda por parte da Administração Municipal foi tomada, apesar das cobranças sistêmicas do sindicato.
A primeira medida preventiva é derrubar o TABU: é preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema.
“O guarda municipal deve começar a lidar com isso já no curso de formação e tem de existir um programa que o acompanhe ao longo da carreira. Não adianta só dar viatura, armamento e uniforme e não cuidar da saúde mental”, declarou um guarda municipal consultado sobre o tema.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
O SIGMUC apoia esta campanha e iniciou um trabalho de apoio aos guardas municipais por meio de técnicas de mindfulness, porém, devido as medidas de Prevenção a Covid-19, as atividades presenciais encontram-se suspensas, porém tão logo seja possível o retorno a normalidade, o projeto será retomado. Maiores informações pelo fone (41) 3264-5062.
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
O contato via fone é pelo número 188, o site da entidade é https://www.cvv.org.br/.
A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece demonstra pensamentos suicidas, peça ajuda.
SIGMUC – Juntos Somos Fortes!