Circula nas redes sociais, comunicado da Superintendência da Guarda Municipal determinando o imediato corte de horas na corporação. De acordo com o documento, a partir do dia 26/06 fica expressamente proibida a realização de horas extras (escalas extraordinárias) além daquelas geradas pela escala ordinária de serviço.
Com a medida, o vencimento do guarda municipal, que já está defasado em virtude dos congelamentos do plano de carreira, que perdura desde 2017, fica cada vez menor.
Já não bastasse tudo Isso, o poder aquisitivo do Guarda Municipal sofre defasagem em decorrência da inflação, que impacta o preço doa alimentos no supermercado, dificultando a manutenção do sustento de nossas famílias. “Nossa luta é por um vencimento digno, correspondente a complexidade que a função exige. Não é compreensível que em um momento tão difícil, a Administração Municipal complique ainda mais a situação financeira dos seus servidores.” Comentam os diretores do SIGMUC.
Além da questão financeira, o próprio serviço acaba sendo comprometido. “Estamos acompanhando um aumento da demanda por Segurança, e não nos parece razoável que a administração queira diminuir o efetivo neste momento. Além do guarda, a população é afetada.” Apontam.
Já foi apresentado à Administração uma proposta de reestruturação salarial dos guardas municipais que pode diminuir a defasagem dos salários destes profissionais, como a equiparação de vencimento inicial da carreira com o cargo de agente de trânsito, que hoje, é maior. Atualmente, os guardas municipais realizam toda a atividade de Segurança Pública e de fiscalização de trânsito no Município de Curitiba, enquanto os agentes de trânsito, funcionários da URBS, desempenham unicamente a fiscalização de trânsito e recebem vencimento maior. Da mesma forma, o cargo de Agente de trânsito Municipal criado pelo Município, também é cerca de 15% maior que o Vencimento inicial da carreira da GMC. “A equiparação é o caminho mais justo e eficiente” Reforçam.
Pelas informações coletadas, os servidores da Guarda Municipal serão os principais atingidos, uma vez que não se ouve falar de que medida semelhante impere em outras pastas.
O SIGMUC reforça o estado de atenção na categoria para o período de negociação coletiva que se aproxima em outubro próximo, e se não houver sinalização de avanços nas pautas apresentadas, não se descarta a necessidade de mobilização para a realização de atos da categoria.
SIGMUC – JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!