Os servidores municipais devem receber, no final de maio, reajuste salarial de 5,38%, retroativo ao mês anterior. A proposta de lei 005.00087.2014, apresentada pelo prefeito, foi aprovada pela Câmara de Curitiba, em primeiro turno, na sessão desta segunda-feira (12). O único voto contrário, dos 36, foi do vereador Chicarelli (PSDC).
![Chicarelli votou contra a matéria, por considerar que os 5,38% não correspondem à inflação acumulada no período. (Foto – Anderson Tozato/CMC)](https://sigmuc.org.br/site/wp-content/uploads/2014/05/image-chica-300x199.jpg)
“Municípios pobres estão valorizando mais seus servidores que a cidade-modelo”, afirmou Chicarelli, que questionou o valor proposto ao reajuste linear. Segundo o Executivo, o percentual corresponde à “reposição integral da inflação acumulada nos últimos 12 meses”, medida pelo Índice Nacional da Preços ao Consumidor (INPC). O impacto financeiro anual estimado pela mensagem é de R$ 206,9 milhões.
Além dos servidores públicos da administração direta, autarquias e fundações municipais de direito público, o projeto aplica-se aos aposentados, pensionistas, quadro de pessoal da Câmara de Curitiba, procurador-geral e secretários. Também abrange a remuneração das contratações temporárias realizadas sob o regime da lei nº 8.377/1994.
Durante o debate, foi rejeitado requerimento de Rogério Campos (PSC) para adiar a votação por três sessões.
Mas, para a apresentação de emenda no segundo turno, são necessárias no mínimo 13 assinaturas.
“Nunca vi votação de reajuste dos servidores tão tranquila”, ironizou Julieta, em relação ao “silêncio” do Sismuc.
![“Nunca vi votação de reajuste dos servidores tão tranquila”, ironizou Julieta, em relação ao “silêncio” do Sismuc.](https://sigmuc.org.br/site/wp-content/uploads/2014/05/julieta-300x199.jpg)
“Sabemos que os 5,38% não equivalem à inflação. Esperávamos no mínimo 5,62%, que, segundo acordo, será apresentado via decreto.” O líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), propôs que o debate das reivindicações dos servidores, quanto às carreiras e perdas históricas, seja ampliado nas comissões permanentes da Câmara.