Vereador Professor Silberto (PMDB) foi o quinto vereador a ser entrevistado nos estúdios da Rádio Web Sigmuc.
Vereador de primeiro mandato, se mostrou surpreso com seus primeiros 8 meses, dizendo que foram meses muito difíceis em virtude das mensagens do prefeito, e que a falta de debate e de diálogo para com os servidores. “Nunca imaginei uma situação como esta”, pontua o vereador que fez questão de lembrar que também é professor e que vivenciou situação parecida no Estado. O vereador , assim como os demais vereadores entrevistados até agora, durante todo o processo de discussão e votação do pacote de maldades do Prefeito Rafael Greca, se posicionou contra os projetos.
Os Diretores do SIGMUC relembraram os fatos ocorridos na votação do PACOTAÇO, o aparato policial e a intransigência da Administração. Na sequência, perguntaram ao vereador o que mais marcou a vivência do vereador no início deste mandato. Professor Silberto respondeu, afirmando que aforma como os direitos dos servidores foram suprimidos, sem o devido diálogo e a forma como se deu a votação, marcaram profundamente a história de Curitiba. Ganhou destaque pelo vereador, a manifestação dos servidores, pós aprovação do pacote de maldades, quando os manifestantesjogaram dinheiro falso em cima dos vereadores em plenário, protestando contra a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo da Capital Paranaense.
Questionado quanto ao fato de terem, os vereadores reeleitos, aprovados os planos de carreira dos servidores e agora estarem discursando contra os planos e em defesa do prefeito, e também pela falsa percepção de participação, Professor Silberto respondeu que alguns vereadores possuem indicações no Poder Executivo e não se posicionam com independência, “estão com os dois braços e pernas amarradas”. Diz que não tem cargos no Executivo e que por conta disso se posiciona com independência.
Também pontuou o vereador, que os projetos que vem com o regime de urgência não possui caráter de urgência, e que isso retira dos vereadores a possibilidade de entender e debater o mérito do projeto. A Administração possui a maioria e do jeito que vem o projeto, ele é aprovado. Reclama! Ainda sobre o regime de urgência, no que se refere ao projeto de terceirização na Saúde e Educação, o vereador pontuou que os servidores irão se sentir ainda mais desvalorizados.
Os Diretores repassaram ao vereador que, acompanhando as transmissões da Câmara, identificaram uma fala de um vereador da base de apoio ao Executivo que afirmou que a terceirização era necessária por que os servidores fazem “corpo mole”, situação que segundo o vereador, coloca a classe política e os vereadores no mesmo “balaio”, quando na verdade não são todos que pensam desta forma.
Sobre o tema “Escola Sem Partido”, o vereador segue a mesma linha dos outros vereadores entrevistados: “A divergência faz com que a pessoa cresça”, defendeu.
Quanto aos problemas enfrentados na área de segurança, em especial aos equipamentos arrombados, questionou-se o papel fiscalizador dos vereadores quanto ao serviço prestado pela empresa G5, onde já foi identificado que mesmo com o monitoramento terceirizado de alarmes de intrusão, não há diminuição dos atos de vandalismo e furtos, sendo que o contrato com esta empresa foi aditivado novamente, enquanto a Guarda Municipal míngua por falta de recursos. O vereador respondeu que, segundo as informações que obteve frente a empresa G5, “se a Guarda não for, a G5 também não vai”. Esta afirmação por parte do vereador confirma a tese do “bitributarismo” na área de segurança. O vereador, também focou, no fato dos postos de atendimento da prefeitura serem próximos entre si, e que, a Guarda Municipal pode muito bem atender estas unidades fazendo o monitoramento direto. “Estes valores aditivados para a terceirizada fazem muita falta na Guarda Municipal”, afirmaram os Diretores.
Quanto ao clima que se instalou na Câmara Municipal, em virtude das denúncias de apropriação de salários de assessores, o vereador se mostrou preocupado com o fato de que isso seja uma generalização da classe política, o que é muito complicado, explanou.
O Vereador explanou sobre o projeto” plantando sementes”, de sua autoria, que trata sobre a criação de horta nas escolas públicas municipais. O projeto promove a interação dos alunos com a natureza e a alimentação saudável. A iniciativa, já rendeu prêmios e o reconhecimento da sociedade acadêmica, e tornou a escola da qual o vereador era diretor na 4a. melhor escola do Paraná em gestão escolar.
“Acolhimento à comunidade” foi um dos primeiros passos para a mudança do ambiente escolar. As ações positivas trouxeram resultados, como melhorias na biblioteca e laboratório de informática, e isso melhorou a estrutura e a valorização do profissional, declarou o vereador .
Segundo os Diretores do Sigmuc, o trabalho realizado na escola é louvável e isso contribui para a evolução social.
Assim, os Diretores do SIGMUC agradeceram a presença do vereador Professor Silberto pela disposição e pelo conhecimento que trouxe para agregar valor às entrevistas da Rádio Web Sigmuc.
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